A adoção do financiamento público de campanha no Brasil contribuirá para ampliar o número de mulheres na Câmara e no Senado, na opinião da senadora Lídice da Mata (PSB-BA). Em discurso da tribuna nesta sexta-feira (7), a parlamentar defendeu proposta da Comissão de Reforma Política (PLS 268/2011) estabelecendo como exclusivamente público o custeio das campanhas eleitorais.
De acordo com Lídice da Mata, a adoção da medida é condição essencial para a consolidação e o avanço da democracia no Brasil.
- O financiamento público vem para moralizar o processo eleitoral brasileiro, que não pode mais continuar de maneira personalizada como é hoje, quando as empresas se dirigem diretamente a um candidato e o fazem esperando que este, quando se eleger, possa defender os interesses das empresas que o financiaram - opinou.
Para a senadora, as regras em vigor impedem a candidatura de líderes populares com poucos recursos.
- Nesse sistema em que estamos, é quase impossível alguém do povo chegar a este Congresso - disse ela.
Entre as propostas da Reforma Política em discussão no Congresso, Lídice da Mata defendeu ainda a unificação das datas de eleições para todos os cargos do Executivo e do Legislativo. Para ela, o sistema atual é "desorganizador da administração pública", uma vez que o processo eleitoral interfere na dinâmica de gestão, nos diferentes níveis de governo.
A parlamentar também defendeu a possibilidade de coligação entre os partidos, a adoção do sistema proporcional com lista fechada e a implementação da Lei da Ficha Limpa.
Nobel da Paz
Em seu pronunciamento, Lídice da Mata também saudou as três ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz de 2011: a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a militante liberiana Leymah Gbowee e a ativista do Iemen Tawakkul Karman.
- São mulheres que se destacaram na luta não violenta pela segurança e pelos direitos das mulheres de participarem nos processos de construção da paz.
A senadora também ressaltou o lançamento do livro do jornalista e historiador Jorge Ramos, sobre a vida do maestro e abolicionista baiano Tranquilino Bastos.
Da Redação / Agência Senado
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