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sábado, 31 de março de 2012

RETROSPECTIVAS DA SEMANA DO CPC-RN E CPC DA ANE-RN - CRUZADA SÃO SEBASTIÃO

 Cruzada São Sebastião HOJE
 Cruzada São Sebastião no passado
 Dom HELDER CÂMARA Sonhos Realizados em prol dos mais humildes
Como foi deliberado pela reunião da Executiva das Entidades, ANE-RN, CPC-RN e CPC DA ANE-RN, o Eduardo Vasconcelos encontra-se em viagem aos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, buscando apoios entre órgão públicos federais, autarquias, editoras, entre outros aos projetos culturais: Biblioteca do Estudante, Identificando Novos Talentos, Cinema na Escola e o fortelecimento da Comissão Campus da UERN Potiguar Já! Junto a parlamentares, secretários, instituições sociais e outros.

Esta semana o mesmo já contactou a Biblioteca Nacional, onde conseguiu ampliar as doações de livros e revistas ao Projeto Biblioteca Nacional.  Eduardo foi recebido pela senhora, Virgínia Freire, responsável Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas - SNBP-MINC.
Eduardo sendo recebido pela senhora, Virgínia Freire-SNBP-MINC

Eduardo como um bom reporter aproveitou para conhecer o Projeto CRUZADA SÃO SEBASTIÃO, projeto este IDEALIZADO pelo Dom HELDER CÂMARA em 1957.  Segundo Eduardo o projeto é fantástico!  Moradores da favela passa a conviver com os moradores do LEBLOM uma das comunidades mais ""rica" do RIO.  Conheçam um pouco da história.

Eduardo ao lado do morador da Cruzada São Sebastião, DEUS LENE - RIO DE JANEIRO
A Cruzada São Sebastião é um conjunto habitacional localizado à margem oeste do Jardim de Alá, no bairro do Leblon, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
Foi inaugurada em 29 de outubro de 1955, por iniciativa de Dom Hélder Câmara, então secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que convenceu o então presidente da república, Café Filho, a firmar um convênio para construir o conjunto habitacional. O objetivo era fazer dali uma espécie de plano piloto, um pontapé inicial para a meta de Dom Hélder de acabar em dez anos com as 150 favelas existentes na cidade naquela época.[carece de fontes]
Os primeiros moradores eram oriundos da favela vizinha da Praia do Pinto, que foi incendiada e substituída pelo condomínio Selva de Pedra, em frente ao Paissandu Atlético Clube e à associação Atlética Banco do Brasil. O conjunto de dez prédios e 945 apartamentos foi financiado num prazo de quinze anos, em pagamentos mensais de quantias que correspondiam, nos maiores apartamentos (de dois quartos), ao correspondente a quinze por cento do salário mínimo. [carece de fontes]
O mais ilustre morador da Cruzada foi o jogador Adílio, que jogou por vários anos no Flamengo, fazendo parte do elenco mais vitorioso da história do clube. Além de Adílio, a Cruzada era moradia de vários ilustres ex-jogadores, como Júlio César "Uri Geller", Ernani ex-Vasco, Paulo Pereira ex-Vasco, Rui Rei ex-Ponte Preta e Almir ex-jogador de basquete do Flamengo.
Do conjunto, fazem parte a igreja dos Santos Anjos e a escola municipal Santos Anjos, que foram tombados pela Secretaria Extraordinária do Patrimônio Cultural em 2008. Fonte: Google.

O objetivo de Dom Helder era demostrar que era possível a convivência dos "ricos" com os "pobres", sua iniciativa é louvável até os dias de hoje, mas tem resistências ocultas, por isso Eduardo Vasconcelos foi fundo na discussão e entrevistou moradores e ex moradores.

Mais um pouco sobre o Projeto CRUZADA SÃO SEBASTIÃO.




Eduardo ao lado do morador da Cruzada São Sebastião, Deus Lene - Rio de Janeiro
Chegando na Cruzada São Sebastião, Eduardo conversou com o morador, Deus Lene Jesus Garcia de 57 anos e morador a 40, seu Deus Lene que mora com a toda sua família, pai, mãe, filhos e sobrinhos, disse que o preconceito ainda reina no "pedaço".  Sempre aparece pessoas querendo comprar os apartamentos, mas pelo preçoa muito baixo e diz mais, que recebem ameaças, ou seja, se eles não venderem os apartementos todos irão ser despejados, mas eles resistem e vão resistir sempre, garante Deus Lene.

Uma coisa interessante:  Seu Deus Lene disse que seu nome era para ser DELINI, mas o carttório na época não aceitou pelo fato daquela época o nome referia-se a um NAZISTA ALEMÃO procurado pelo justiça, daí foi registrado DEUS LENE!

É bom lembrar que a Cruzada São Sebstião foi feito dentro maior legalidade entre o Governo Federal (Café Filho) e a CNBB (Dom Helder Câmara).

 Eduardo ao lado do sindicalista, Rodrigues ex morador da Cruzada
Eduardo conversou com o ex morador da Cruzada, Rodrigues, hoje sindicalista e um dos guerreiros na defesa da CRUZADA!

Rodrigues falou ao Eduardo que Dom Helder Câmara era uma pessoa de uma INTELIGÊNCIA jamais vista, um homem de visão, fraterno e solidário, exemplo para ser seguido.  Rodrigues disse também que logo após a inauguração, Dom Helder instruiu coordenações para "ensinar" os novos moradores da Cruzada a se relacionar com os "vizinhos" e ajudando-os no seu dia a dia, como exemplo a ensinar a consertar descarga e eletricidade, pois antes de irem morarem na Cruzada por exemplo algums moradores jogavam suas fezes na Lagoa Rodrigues Freitas ou em cima das casas.

Rodrigues encerrou dizendo que o sonho total de Dom Helder ainda não foi realizado, falta ainda a solidariedade entre as vizinhanças, ou seja a convivência de irmãos, falta ainda o Estado cumprir com a sua parte, mas a intenção de Dom Helder foi louvável, a esperança continua.

UM POUCO MAIS SOBRE O PROJETO CRUZADA SÃO SEBASTIÃO.

A Cruzada São Sebastião nasceu em 1957, no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, sendo um conjunto de dez blocos de apartamentos para famílias pobres, tendo sido concebida pelo dinamismo de D. Hélder Câmara, então Bispo-auxiliar de nossa cidade. O eminente bispo católico procurava, com este gesto, alertar a consciência dos cariocas para o problema da moradia dos pobres e da proliferação de favelas em nossa cidade. Infelizmente, apesar de seus esforços e dela situar-se em área tão destacada, ao completar cinqüenta anos, constatamos a manutenção do forte contraste com o resto do bairro do Leblon, levando-nos a compartilhar do sonho de que se integre verdadeiramente ao bairro. Para isso, é necessário difundir a cidadania, princípio que desejamos assegurar através da promoção de oportunidades para seus “menores” moradores. Aqueles que, brevemente, nos substituirão, retro-alimentando o projeto. Nós somos um grupo de universitários e profissionais de diversas áreas, que possui vínculos de amizade com muitos moradores da comunidade, e cujo senso da necessidade de militância social nos conduziu para a compormos a gestão 2004/2005 da AMA-Leblon, o Núcleo de Solidariedade Técnica - SOLTEC/UFRJ e a extinta ONG Democracia Direta, respaldando-nos para este novo desafio. O desafio da promoção de oportunidades para os menores é capacitar um grupo de 40 crianças da comunidade, por ano, para as provas dos principais colégios públicos do Rio de Janeiro, tais como a rede Pedro II, Colégios de Aplicação das Universidades Estadual e Federal do Rio de Janeiro, Colégio Militar e demais existentes. Entendemos que a idade dos 10 anos, constitui um ponto de corte para a intervenção orientadora e capacitadora para os horizontes que os conduzirão ao caminho que desejarem, podendo, futuramente, nos substituírem no processo multiplicador de indivíduos livres para pensarem seus destinos. Gerar a infra-estrutura para o excelente espaço, já nos disponibilizado por lideranças da comunidade, onde serão lecionadas aulas de português, matemática, música e cidadania, além do acompanhamento psicológico das crianças e o fornecimento de lanches, como garantia das boas condições de rendimento intelectual, consiste no elemento final para o início destas atividades, envolvendo crianças e seus pais, num convívio onde todos aprenderemos.

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